Isaac dos Anjos, nascido em 8 de Março de 1960 na província do Bié, possui uma vasta experiência no sector agrícola e governamental. Formado em Engenharia Agronómica pela Universidade Agostinho Neto, também possui especialização em Fruticultura Tropical, obtida no Brasil, além de um Executive Master em Business Management pela Portugal Business School. &nbsp;A sólida formação académica é um activo para Anjos enfrentar os desafios actuais da agricultura em Angola, um sector vital que enfrenta questões como a segurança alimentar e a sustentabilidade.&nbsp;Antes de sua nomeação, dos Anjos actuou como secretário do Presidente da República para o Sector Produtivo desde 2017. Durante esse período, foi responsável por coordenar políticas e estratégias voltadas para o desenvolvimento agrícola e a promoção de iniciativas que visam aumentar a produtividade no campo. &nbsp;Sua trajetória inclui cargos de destaque, como governador provincial de Benguela, Namibe e Huíla, além de ter exercido funções como ministro da Agricultura e do Desenvolvimento Rural entre 1990 e 1997. A ampla experiência em diferentes níveis de governo confere a dos Anjos um conhecimento profundo das dinâmicas políticas e económicas que impactam o sector agrícola.&nbsp;Os desafios que o novo ministro enfrentará são significativos. A agricultura em Angola ainda lida com a necessidade de modernização e maior investimento em tecnologias que possam melhorar a produtividade e a resiliência das culturas. &nbsp;Igualmente, a questão da segurança alimentar é uma prioridade, especialmente em um contexto em que o País busca diversificar sua economia e reduzir a dependência do petróleo. &nbsp;O novo ministro terá a responsabilidade de implementar políticas que não apenas aumentem a produção agrícola, mas que também promovam a inclusão social e o desenvolvimento rural sustentável.&nbsp;Isaac dos Anjos também traz consigo uma bagagem de participação em conferências internacionais da FAO sobre alimentação e nutrição onde teve a oportunidade de discutir questões globais relacionadas à alimentação e desenvolvimento sustentável. &nbsp;Sua experiência em negociações multilaterais será um trunfo importante para Angola, especialmente em um momento em que o País busca parcerias e investimentos estrangeiros para revitalizar seu sector agrícola.&nbsp;Vaticina-se no inner circle que a nomeação de Isaac dos Anjos é vista como uma oportunidade para avançar em políticas que visam aumentar a produção agrícola e melhorar a segurança alimentar no País. &nbsp;Com um foco em inovação e sustentabilidade, espera-se que sua gestão política no Ministério da Agricultura e Floresta busque promover práticas agrícolas que respeitem o meio ambiente, ao mesmo tempo em que geram renda para os agricultores locais. &nbsp;A estratégia integrada será fundamental para enfrentar os desafios climáticos e as pressões económicas que o sector agrícola enfrenta actualmente.Crédito©DR

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Dos Anjos é nomeado ministro da Agricultura e Florestas

O preço indicativo composto da Organização Internacional do Café (OIC) registou uma média de 250,56 US$ por libra-peso, em Outubro passado, indicando uma queda de 3,2% em comparação com Setembro. Este valor, no entanto, representa um aumento de 64,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os Suaves Colombianos e os Outros Suaves também sofreram ligeiras quedas, com preços de 277,10 US$ e 276,82 US$, respectivamente. A volatilidade intra-diária aumentou, atingindo uma média de 11,0%, sinalizando um mercado em adaptação. A arbitragem entre as bolsas de futuros de Londres e Nova Iorque aumentou 54,2%, atingindo 43,50 US$, o nível mais alto em quatro meses. Este aumento sugere uma resposta do mercado a preços mais altos dos Robustas, que, por sua vez, viram uma contração de 8,3%, caindo para 221,93 US$. Os estoques certificados de café Robusta em Londres diminuíram 11,7%, enquanto os estoques de Arábica cresceram 4,7%, sinalizando uma dinâmica contrastante no mercado. Este cenário é acompanhado por um aumento significativo nas exportações de café verde, que totalizaram 9,69 milhões de sacas em Setembro de 2024, um aumento de 25,2% em relação ao ano anterior. As exportações por grupos de café mostraram um desempenho robusto, com os Outros Suaves e os Naturais Brasileiros apresentando aumentos de 22,9% e 37,3%, respectivamente. As exportações dos Suaves Colombianos também subiram 22,3%, totalizando 990 mil sacas. No total, as exportações de grãos verdes aumentaram 11,8% no ano cafeeiro de 2023/24, alcançando 123,75 milhões de sacas. Regiões produtoras de café também se destacaram nas exportações. A América do Sul viu suas exportações aumentarem 30,8% em Setembro, totalizando 6,2 milhões de sacas. O Brasil, em particular, teve um desempenho notável, aumentando suas exportações de Robustas, enquanto o Vietname enfrenta dificuldades devido a condições climáticas adversas. As exportações da Colômbia também cresceram 13,7%, alcançando 11,91 milhões de sacas. Em África, as exportações de todas as formas de café aumentaram 14,3%, impulsionadas principalmente pela Etiópia, que registou um crescimento de 63,5% em suas exportações, totalizando 5,59 milhões de sacas. Este crescimento é atribuído à resolução de disputas contratuais internas que atrasaram embarques no ano anterior. Embora o mercado tenha enfrentado desafios, como a queda nos preços, o aumento nas exportações indica uma recuperação e optimismo em relação ao futuro do café. A previsão para a safra de 2023/24 aponta para uma produção total de 178 milhões de sacas, um aumento de 5,8% em relação ao ano anterior. Essa recuperação é vista como um sinal positivo, especialmente após dois anos de declínios nas exportações. A dinâmica do mercado de café continua a ser influenciada por uma combinação de factores, incluindo condições climáticas, mudanças nas políticas de comércio internacional e as preferências dos consumidores. O sector permanece atento a esses desenvolvimentos, à medida que busca estabilizar os preços e aumentar a competitividade no cenário global. Crédito©DR

Mercado do café queda nos preços e aumento nas exportações

De acordo com cálculos da presidência brasileira do G20 e do economista francês Gabriel Zucman, cerca de três mil bilionários em todo o mundo estariam sujeitos a essa nova taxação. Zucman, professor na Universidade da Califórnia, em Berkeley, e director da European Tax Observatory, é o autor de um estudo de cinquenta páginas que fundamenta a proposta.&nbsp;O estudo revela que a riqueza dos “super-ricos” cresce em média 7,5% ao ano, enquanto a tributação sobre essas fortunas é actualmente irrisória, atingindo apenas 0,3%. Essa disparidade levanta preocupações sobre a capacidade dos sistemas fiscais em lidar com a concentração de riqueza.&nbsp;Zucman detalhou como muitos bilionários armazenam seus activos em paraísos fiscais, evitando uma tributação efectiva. A proposta de taxação dos super-ricos esteve no centro das discussões na cúpula do G20, buscando soluções para um problema global crescente: a desigualdade económica. &nbsp;Durante a Cúpula de Líderes do G20 assinaram uma declaração histórica que estabelece compromissos com a taxação dos bilionários, combate às desigualdades e acções urgentes pelo clima, com ênfase em um crescimento sustentável e no apoio à COP 30, que ocorrerá no Brasil em 2025.&nbsp;&nbsp;Combate às desigualdades e acções urgentes pelo clima&nbsp;Os líderes do G20 reunidos no Rio de Janeiro aprovaram uma declaração histórica, na segunda-feira, 18, marcando um passo relevante em direcção à justiça social e à sustentabilidade ambiental. &nbsp;O documento, que recebeu consenso de todos os países membros, destaca compromissos centrais, incluindo a tributação de bilionários, a transição energética e o apoio à COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que será realizada no próximo ano em Belém do Pará, Brasil.&nbsp;Entre os principais pontos da declaração estão a inclusão social, o combate à fome e à pobreza, e a necessidade de medidas efectivas para enfrentar as mudanças climáticas.&nbsp;<img src="https://s3.amazonaws.com/angolaeconomico.com/website/posts/florida-summertime-downpour-2023-11-27-05-09-09-utc+%281%29.jpg" alt="carousel">O texto também realça a urgência de uma reforma na governança global, buscando fortalecer as Nações Unidas e modernizar a arquitectura financeira internacional, com um enfoque em um comércio multilateral inclusivo e no desenvolvimento ético da inteligência artificial.&nbsp;A declaração marca uma nova era para o G20, com a inclusão pela primeira vez de compromissos para mobilizar recursos destinados ao saneamento básico e ao acesso à água potável. Os líderes também se comprometeram a enfrentar o racismo e promover a igualdade racial como parte essencial do combate às desigualdades.&nbsp;Na área climática, os líderes reiteraram seu compromisso com o Acordo de Paris e as metas de neutralidade de carbono, ressaltando a importância de aumentar o financiamento verde, especialmente para países em desenvolvimento. &nbsp;Os líderes do G20 apoiaram também a continuidade das negociações da COP 29, em andamento no Azerbaijão, e a futura presidência da COP 30 no Brasil.&nbsp;Ademais, o grupo fez um apelo por investimentos em transições energéticas justas e sustentáveis, reforçando o compromisso de eliminar subsídios ineficientes a combustíveis fósseis. &nbsp;Crédito©DR&nbsp;&nbsp;

G20 propõe taxa de 2% sobre as fortunas de três mil bilionários 

O Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva encerrou ontem, 19, a Cúpula de Líderes do G20, ressaltando os principais avanços alcançados durante a presidência do Brasil. O evento, que ocorreu no Rio de Janeiro, foi marcado pela entrega da presidência ao Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.&nbsp;Lula destacou a importância de temas como igualdade étnico-racial e empoderamento feminino, mencionando a criação do Grupo de Trabalho Empoderamento das Mulheres e a inclusão do ODS 18, que visa promover a igualdade racial. &nbsp;Também enfatizou a necessidade de melhorar o acesso à água e ao saneamento, além de promover a produção de energias renováveis.&nbsp;Durante sua intervenção, o Presidente brasileiro mencionou a realização de mais de 140 reuniões em 15 cidades do país e a adopção de declarações consensuais em quase todos os grupos de trabalho, evidenciando o compromisso do Brasil com a colaboração internacional. &nbsp;"Trabalhamos com afinco, mesmo cientes de que apenas arranhamos a superfície dos profundos desafios que o mundo tem a enfrentar", afirmou Lula.&nbsp;Ao passar a presidência para Ramaphosa, Lula reconheceu os laços entre o continente africano e a América Latina, afirmando que este é um momento propício para reflectir sobre o papel dos países do G20 e como devem actuar no futuro. &nbsp;"Temos a responsabilidade de fazer melhor", concluiu.&nbsp;Com a transferência da presidência, a África do Sul se prepara para liderar discussões sobre os desafios globais, mantendo o foco em sustentabilidade e inclusão social, pilares fundamentais ressaltados por Lula durante seu mandato. Crédito©DR